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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Celebridades que cuidam da voz

Antigamente, cantores e artistas em geral cuidavam da voz com receitas caseiras ou métodos, no mínimo, duvidosos. Hoje em dia, as celebridades estão cada vez mais informadas sobre a necessidade de cuidar da voz com acompanhamento fonoaudiológico especializado e assim evitar possíveis problemas vocais.
Entre os cantores nacionais e internacionais que não escondem da mídia a prática de exercícios preparatórios antes e depois das apresentações estão Madonna, Ivete Sangalo, Claudia Leite, Preta Gil, Chico Buarque,Roberto Carlos, etc.




Quem viu a entrevista do Luciano Huck com Madonna, pôde perceber a importância que a estrela dá aos cuidados com a voz. Ela permanece em repouso vocal após as suas apresentações, pratica exercícios de desaquecimento, vaporização das vias aéreas com nebulizador portátil para hidratar as pregas vocais e mantém uma alimentação leve depois dos seus movimentados shows.
Já a famosa Ivete Sangalo, não dispensa o acompanhamento da sua fonoaudióloga em apresentações especiais como gravações de DVD ao vivo e principalmente no período de Carnaval quando a demanda vocal é muito intensa.
Os artistas que cuidam da voz além de desenvolverem uma bela voz, mantêm a saúde desta por longo tempo.
Profissional da voz que se preze não deixa de cuidar do seu estimado e principal instrumento de trabalho: a voz!

domingo, 7 de outubro de 2012

Por que usar microfone é bom para a voz?

Quem já não deu aquelas batidinhas no microfone e disse: "Minha voz é forte, posso falar sem microfone?"
Para muitos o microfone representa um bicho de sete cabeças, causando muito nervosismo e até mesmo uma fobia associada ao medo de falar em público. Talvez isso não acontecesse se as pessoas soubessem quais os benefícios que este instrumento pode oferecer a voz.  

Por isso, o Voz em Bom Som trouxe algumas dicas de uso de amplificadores de voz. Estas dicas servem para o microfone de mão (com ou sem fio) como também para o do tipo amplificador com headset muito utilizado por professores atualmente:

  • Primeiramente, mantenha os cuidados com a conservação do aparelho como: guardá-lo em  local seco e arejado, evitando umidade, chuva ou água. 
  • Nunca jogue o microfone em qualquer lugar. Guarde-o de preferência num suporte ou local seguro e apropriado.
  • Certifique-se ao ligar o microfone que o volume não esteja elevado para evitar microfonia. 
  • Coloque o amplificador na cintura sempre do lado contrário do headset, atento para que o som seja projetado a sua frente em direção ao público.
  • Ajuste a tiara do headset de modo confortável, com cuidado para não desarrumar seu cabelo;
  • Não gire a haste do headset além do limite;
  • Posicione a espuma do microfone ao lado do seu rosto em torno de um par de dedos de distância do canto da boca, evitando posicioná-lo frontalmente.
  • Prenda com cuidado o amplificador na cintura, mas não o deixe apertado demais.
  • Não teste o som do microfone através de batidinhas ou sopro, fale frases simples ou repita a palavra “testando”.
  • Lembre-se que com o microfone sua voz já está amplificada, logo você não precisa forçar a voz para falar mais alto ou gritar.
  • No final do dia, aproveite para recarregar o amplificador ou as pilhas. 
O microfone é um equipamento de proteção para aumentar a longevidade da sua voz e diminuir o esforço de sua produção durante o trabalho. O uso contínuo influenciará na qualidade da voz durante toda sua carreira. No entanto, apenas o microfone não evitará possíveis distúrbios vocais. Mantenha hábitos vocais saudáveis e procure orientação especializada para preparar sua voz antes e depois do trabalho.
Aproveite ao máximo este recurso e tenha uma Voz em Bom Som!



sábado, 15 de setembro de 2012

Voz em Bom Som no CEV


O Voz em Bom Som teve a maravilhosa oportunidade de participar do Curso de Programas de Saúde Vocal para Professores ministrado pela fonoaudióloga Fabiana Zambon no Centro de Estudos da Voz - CEV em São Paulo. Compartilho com os leitores do blog as fotos do evento e em breve continuaremos a trazer mais dicas de produção de voz saudável.

Materiais já divulgados pelo Voz em Bom Som
Com a Dra Mara Behlau - Diretora do CEV

Com a Fonoaudióloga Me Fabiana Zambon
No Centro de Estudos da Voz - CEV

domingo, 26 de agosto de 2012

O gargarejo melhora a voz?

Sim, o gargarejo é uma técnica vocal que mobiliza a mucosa das pregas vocais, causa limpeza mecânica na garganta e é um bom recurso para aliviar a dor de garganta e a rouquidão proveniente desta infecção. 
No entanto, o perigo está nas substâncias que as pessoas utilizam para fazer o gargarejo. Muitas utilizam vinagre e sal, limão, chá de romã e até conhaque! 
O gargarejo adequado deve ser feito com água morna e uma pitada de sal(200ml de água para 1 colher de chá rasa de sal). 
Segundo o otorrinolaringologista Celso Becker, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) essa mistura tem temperatura e composição química muito parecidas com as do nosso próprio organismo. Quando a água morna entra em contato com a mucosa ferida, seu calor faz com que haja uma dilatação dos vasos sanguíneos do local. Esse aumento da circulação auxilia um número maior de glóbulos brancos a passar do sangue para o tecido afetado, diminuindo a inflamação. Por esse motivo, só a água morna pura já bastaria para aliviar. Já o sal, muitos acreditam que sirva para limpar o local - mas não é bem assim. Ele não limpa a boca. O que acontece é que temos aproximadamente 0,9% de sódio no sangue. Portanto, ao adicionarmos sal à água, fazemos com que sua composição fique parecida com a do líquido que temos no corpo, o que torna a mistura muito menos agressiva do que a água pura, aumentando sua eficácia na remoção do muco que se forma na garganta.  
É indicado gargarejo com duração de 5 minutos (sem engolir a água), 3 a 4 vezes ao dia.
Outro detalhe importante é não deixar a cabeça muito para trás, pois esta elevação faz com que a laringe fique muito alta causando tensão nas pregas vocais.
De todo modo, não esqueça que qualquer procedimento deve ser realizado com orientação especializada e que dores na garganta frequentes ou rouquidão por mais de 15 dias não é normal. Uma avaliação médica é de suma importância nesses casos já que muitas vezes a ministração de antibióticos ou exames complementares são necessários.

domingo, 22 de julho de 2012

10 Dicas básicas de cuidados vocais para coralistas

Você faz parte de algum coral? Se a reposta é sim, este post é direcionado para você. 
Você cuida da sua voz  ou fica rouco com frequência depois dos ensaios e das apresentações no coral?

O Voz em Bom Som reuniu algumas dicas básicas de cuidados com a voz para quem canta em coral. Anota aí:

  1. Regente consciente: certifique-se que seu regente se importa com a saúde da sua voz. Se ele demonstra não ter essa preocupação, é melhor ficar atento pois o posicionamento dele sobre o assunto fará toda diferença.
  2. Alimentação: não cante de estômago vazio nem cheio demais. Evite antes do canto alimentos gordurosos, refrigerantes, chocolate, café, leite e derivados.
  3. Repouso vocal: depois dos ensaios e das apresentações, aproveite para ficar em silêncio o quanto puder, a voz precisa de descanso.
  4. Ensaios: Não esqueça de se hidratar bem durante os ensaios. Cuidado com o tempo de ensaio, este não deve ser muito intenso para não haver sobrecarga.
  5. Classificação Vocal: o regente é o responsável pela classificação da sua voz. Por isso, a uma adequada classificação vocal é muito importante para que você não cante em um tom que não é o seu, fora de sua tessitura vocal, ou seja, fora da área de alcance vocal produzidas com conforto. Não cante fora do seu tom, isso é muito prejudicial para sua voz.
  6. Aquecimento Vocal: é de grande importância que você aqueça sua voz antes do canto, nos ensaios e apresentações. Para isso, o ideal é que você procure um fonoaudiólogo que o avaliará e programará um aquecimento específico para suas necessidades. O regente também pode orientar alguns vocalizes para aquecer a voz, mas estes não têm ação suficiente porque são generalizados.
  7. Desaquecimento: tem coisa mais esquecida do que desaquecer a voz? Pois é, é extremamente importante executar exercícios vocais para retorno dos ajustes musculares para situações de fala depois do canto.
  8. Hábitos: alguns costumes como gritar, falar alto, falar muito devem ser evitados para quem quer usar a voz no canto. Se a pessoa é profissional da voz e canta nos finais de semana, deve redobrar os cuidados pois pode haver uma sobrecarga vocal e desenvolvimento de alterações vocais.
  9. Exames preventivos: Procure um otorrinolaringologista para avaliar seu trato vocal. De preferência antes de iniciar  no canto coral. Faça os exames necessários e depois siga para a avaliação fonoaudiológica. Assim você ficará mais seguro e longe dos distúrbios vocais. Caso seja constatado algum problema na voz preexistente, o médico e o fonoaudiólogo orientarão qual deve ser a conduta mais adequada para seu caso.
  10. Apresentações: Tome os cuidados acima descritos, use roupas confortáveis, hidrate-se bem, aqueça a voz antes da sua performance, esteja seguro nas músicas e ao terminar desaqueça a voz.
Cante com cuidado e sua voz poderá cantar por muitos e muitos anos!

domingo, 15 de julho de 2012

O que é a Doença do Refluxo Gastroesofágico(DRGE) e como pode afetar a voz?



A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) refere-se ao retorno do ácido produzido dentro do estômago para o esôfago (órgão tubular que leva o alimento da boca ao estômago) causado pelo mau funcionamento de uma válvula que controla a passagem do alimento do esôfago para o estômago. Este retorno pode causar danos a mucosa (pele que recobre todo o aparelho digestivo) levando a feridas. Estes machucados são chamados de esofagite. 


A maioria das pessoas descrevem a azia como uma sensação de queimação atrás do peito, que sobe para a garganta ou pescoço. Algumas têm ainda a sensação do alimento retornando à boca (fenômeno conhecido como regurgitação). Esta sensação pode durar em torno de duas horas e piora com a ingesta de alimentos. Nem todas as pessoas que têm refluxo apresentam queimação e azia.


Quando o refluxo atinge a laringe, ele é chamado de refluxo laringofaríngeo e, neste caso, o suco gástrico, altamente irritativo, produz lesões na delicada mucosa das pregas vocais e das outras estruturas da laringe. Pacientes com refluxo podem apresentar rouquidão após as refeições e ao acordar.


Durante o exame da videolaringoscopia, o otorrinolaringologista pode evidenciar sinais sugestivos da DRGE observando edema (inchaço) e hiperemia (vermelhidão). Esta observação é muito importante pois muitas vezes a melhora de uma alteração vocal fica comprometida caso não haja tratamento do refluxo. Além disso o refluxo pode causar patologias laríngeas como o granuloma que afetará bastante a qualidade vocal.




QUAL É O TRATAMENTO PARA DRGE?

Dependendo da intensidade de seus sintomas e dos resultados dos exames, seu médico pode recomendar: mudança de hábitos alimentares e comportamentais, tratamento medicamento ou ambos.
  • Evitar alimentos como chocolates, café, alimentos mentolados, gorduras ou frituras , condimentos, molhos picantes, tomate ou derivados e bebidas alcoólicas.
  • Parar de fumar
  • Emagrecer até próximo do peso ideal
  • Evitar se alimentar 2 a 3 horas antes de deitar
  • Evitar roupas apertadas, que podem comprimir seu estômago e facilitar o refluxo
  • Evite encher demais o seu estômago, coma mais vezes ao dia mas em pequenas quantidades
  • Elevar a cabeceira da cama cerca de 10 a 15 cm, principalmente se você costuma ter azia durante a noite
  • Fazer uso de medicações prescritas pelo gastroenterologista
  • Cirurgia, indicada principalmente quando existe uma hérnia de hiato, que prejudica ainda mais o funcionamento da válvula.
Quando a DRGE é deixada sem tratamento pode levar a complicações sérias como dor torácica imitando um ataque cardíaco, estenose (estreitamento) do esôfago, sangramento, ou esôfago de Barret (uma condição especial da mucosa do esôfago que pode ser foco de risco de surgimento de câncer ). Sintomas associados a complicações da DRGE incluem: disfagia (dificuldade para engolir), tosse, rouquidão, problemas respiratórios e sangue nas fezes.

Portanto, fique alerta aos sintomas e procure tratamento o mais rápido possível. Outra dica importante é não desanimar e tomar a medicação pelo tempo estabelecido pelo médico, pois a interrupção pode piorar o caso.

domingo, 1 de julho de 2012

Efeitos colaterais sobre a voz

Todo e qualquer medicamento possui seus efeitos colaterais, ou seja, efeitos diferentes daquele considerado como principal por um fármaco. 
Vários medicamentos, para doenças diversas, possuem efeitos colaterais também sobre as pregas vocais. A automedicação é um perigo para sua saúde pois, muitos tratamentos sem prescrição médica além de não funcionarem, acabam retardando sua busca por um tratamento mais adequado, orientado por um profissional habilitado. Existe o risco de você prejudicar definitivamente sua voz aplicando orientações sem fundamento. 

Veja alguns medicamentos que precisam ser evitados pelos indivíduos que usam suas vozes profissionalmente:


  • Analgésicos: utilizados para aliviar a dor. A Aspirina® é terminantemente contra-indicada pela Fundação Americana de Voz porque o ácido acetilsalicílico provoca sangramentos e pode favorecer hemorragia nas pregas vocais. Qualquer analgésico que contenha essa substância deve ser evitado. Opte pelas medicações que contenham dipirona.
  • Antibióticos: utilizados para estados infecciosos e devem ser tomados apenas na quantidade receitada e pelo tempo prescrito pelo médico. Profissionais da voz com dores de garganta podem se sentir tentados a tomar antibióticos na tentativa de melhorar suas vozes. Antibióticos errados podem piorar a infecção e causar uma série de efeitos colaterais indesejáveis, como reações alérgicas.
  • Sprays Nasais: Utilizados como descongestionantes em crises alérgicas, rinites ou gripes. O uso desta medicação não deve ultrapassar 5 dias para não causar dependência. Causam ressecamento da mucosa do nariz e também da laringe, dificultando a vibração livre das pregas vocais.
  • Antitussígenos: são supressores da tosse, que é altamente irritativa para as pregas vocais, porém esses remédios geralmente causam ressecamento como efeito secundário negativo.
  • Anti-histamínicos e corticosteróides: empregados nas alergias e inflamações. Produzem ressecamento, insônia, irritabilidade, irritação gástrica e tremor, que pode ser percebido na voz.
  • Antidiarréicos: reduzem a produção de secreções e podem provocar secura na laringe, dificultando uma boa emissão vocal.
  • Diuréticos: devem ter seu uso estritamente controlado. Pode apresentar redução da saliva, ressecamento da boca e da garganta, produção de secreções densas e viscosas, e pigarro persistente.
  • Vitamina C: em alta dosagem também pode produzir como efeito secundário o ressecamento do trato vocal.
  • Hormônios: podem causar profundas modificações na qualidade vocal. Os andrógenos têm efeito muito acentuado na voz feminina, deixando-a mais grave ocorrendo um processo de virilização vocal.
  • Tranquilizantes: utilizados como remédios para acalmar e dormir. Devem ser de uso excepcional em situações de estresse e grande sobrecarga. Sua ação no sistema nervoso central pode afetar de modo evidente o controle da produção da voz. Cantores e atores nunca devem usar calmantes antes de suas apresentações, com risco de apresentarem uma emissão sem controle, arrastada e imprecisa como se estivessem embriagados.

Lembre-se: os efeitos colaterais variam de indivíduo para indivíduo. Toda a atenção é necessária para a utilização de qualquer medicamento que deve ser feita por prescrição médica e a automedicação completamente contra indicada! Sua voz e sua saúde merecem esse cuidado.


Adaptação: Behlau e Pontes. Higiene Vocal: Cuidando da Voz





sábado, 23 de junho de 2012

A voz em tempo de alergia


O inverno no Brasil começou e com ele aumentam os distúrbios respiratórios! 
Os alérgicos sofrem muito com mudanças climáticas e nas crises alérgicas a voz também fica alterada. Inverno a parte, as pessoas que apresentam alergias nas vias áreas superiores ou inferiores já têm uma tendência a apresentar alterações vocais. Logo, existe uma grande correlação entre alergias-distúrbios respiratórios-alterações vocais. Isso não é de se espantar pois se a respiração é a base da voz, qualquer alteração na qualidade da respiração provocará consequências na voz. O contato com o fumo, constantes mudanças climáticas e a poluição nas grandes cidades pioram a situação dos alérgicos. 

Saiba um pouco sobre alguns distúrbios respiratórios:

Rinite - é um distúrbio que afeta cerca de 10% a 20% da população mundial resultante de reação inflamatória da mucosa nasal decorrente da reação de hipersensibilidade a alérgenos inalatórios (poeira, fumaça, perfumes, inseticidas, flores, dedetizadores, pólen, etc) e , em menor ocorrência alimentares. Provoca prurido (coceira) nasal, coriza hialina(transparente), esternutações(vários espirros seguidos) e obstrução nasal, podendo ainda ocorrer sintomas oculares como hiperemia (vermelhidão), prurido e lacrimejamento.

Asma - doença inflamatória crônica das vias aéreas, considerada incurável, mas que pode ser controlada. Relaciona-se ao inchaço da mucosa brônquica, à produção de muco em excesso e à contração muscular e diminuição do diâmetro de vias aéreas superiores. A maioria dos asmáticos também possuem rinite alérgica.

Bronquite - consiste na inflamação dos brônquios, provocando problemas na eliminação do muco presente nas vias respiratórias. Pode causar alterações no padrão respiratório, tosse aguda e prolongada, e sensibilização da árvore brônquica à poluentes e mudanças de temperatura. Pode ser crônica ou aguda, dependendo da duração e agravamento das crises.

Sinusite - inflamação da mucosa(tecido) que reveste os seios da face (cavidades dentro dos ossos) ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. É causada por alterações anatômico-fisiológicas e processos infecciosos ou alérgicos. A sinusite aguda apresenta sintomas (tosse, coriza, pressão no crânio, etc) semelhantes à crônica, porém em maior intensidade.

Faringite - é uma inflamação da garganta comum que pode ser ocasionada por vírus(95% dos casos) ou por bactérias (5%). A faringite crônica pode ser causada por uma infecção permanente dos seios paranasais, dos pulmões ou da boca, por irritação constante produzida por tabagismo, por respirar ar muito poluído por muito tempo, por consumir excessivas quantidades de álcool ou por engolir substâncias corrosivas que gerem lesões na camada mucosa que recobre a faringe.

Laringite - ocorre também pela presença de vírus ou bactérias na laringe ou em regiões próximas, sendo um sintoma que ocorre no resfriado, na bronquite, na pneumonia e em infecções respiratórias. Pode ser aguda ou crônica. A laringite aguda acomete repentinamente e os transtornos são passageiros. Já a crônica (de maior duração) pode ser causada por tabagismo intenso, uso intenso da voz (falando ou cantando muito alto), tosse violenta ou exposição a substâncias irritantes.

Em alguns casos fica difícil precisar exatamente qual o produto que desencadeia a crise alérgica, até porque existem, por exemplo, as rinites vasomotoras, que ocorrem em decorrência da variação brusca de temperatura no trato vocal. Alterações psíquicas podem desencadear uma crise alérgica, à medida que aumentam a sensibilidade do organismo causada por diminuição das defesas.

O alérgico precisa cuidar do ambiente onde dorme, evitando tapetes e carpetes, cortinas de pano, livros e bichos de pelúcia. O pó do quarto deve ser removido diariamente com pano úmido. Os tratamentos alopáticos muitas vezes apresentam melhora imediata, mas não solucionam totalmente o problema. Os tratamentos homeopáticos vêm mostrando melhores resultados no caso de alergias crônicas. Em quaisquer casos, é recomendável visita a um otorrinolaringologista para realização de exames que permitam um diagnóstico adequado e para indicação do tratamento conveniente. 

A produção vocal falada e cantada é bastante prejudicada por alterações nas vias aéreas. Portanto, se estiver em crise alérgica, você precisa redobrar os cuidados com sua voz!


segunda-feira, 11 de junho de 2012

1º Ano do Voz em Bom Som


No dia 4 de junho completamos 1 ano de postagens no Voz em Bom Som!
Estamos felizes por isto e para comemorar vamos dividir com vocês as postagens mais lidas e o público que mais visitou o blog durante este ano.

POSTAGENS MAIS VISITADAS:

PAÍSES QUE MAIS VISITAM O BLOG:
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Estados Unidos
Portugal
Alemanha 
Russia
Angola
Reino Unido
Ucrânia
Canadá
Chile

Agradecemos a todos que acompanham o blog e que se preocupam com a saúde da voz!

Parabéns para todos nós e que sua voz continue em bom som!



sábado, 19 de maio de 2012

O espelho da voz


Você sabia que sua voz diz muito sobre você? Muitas pessoas não têm consciência desse poder que a voz tem de revelar a personalidade de alguém como um espelho que reflete a aparência. 
Através da voz você pode ter uma ideia do sexo, idade e nível sócio educacional do falante. Claro que nem sempre é possível esta identificação. Por exemplo, se você fala com um possível adulto ao telefone e ouve uma voz infantilizada, você achará que está falando com uma criança não é mesmo?

A descrição do impacto psicológico produzido pela qualidade vocal de um indivíduo é o que chamamos de Psicodinâmica Vocal.

É importante destacar que a qualidade vocal varia de acordo com a situação e o contexto e por isso cada pessoa pode apresentar mais de um tipo de voz!

Veja alguns tipos de voz e seus efeitos ao ouvinte:

  • Voz rouca: passa cansaço, sensação de estresse e esgotamento.
  • Voz áspera : transmite agressividade, incômodo, aflição e é sempre desagradável.
  • Voz soprosa (ar na voz): impressão de fraqueza, mas também pode gerar interpretação de sensualidade.
  • Voz tensa-estrangulada: causa grande impacto negativo, transmite desespero, aflição, falta de ar.
  • Voz trêmula: sensibilidade excessiva, fragilidade, indecisão, medo e envelhecimento.
  • Voz infantilizada: permite o julgamento de ingenuidade e falta de amadurecimento psicológico.
  • Voz virilizada: confere características de masculinidade.
Também é interessante você saber que:

Vozes mais graves: indivíduos autoritários e enérgicos.
Vozes mais agudas: pessoas menos dominadoras, mais dependentes, infantis e frágeis.
Tons agudos no discurso: clima alegre, associado a velocidade aumentada de fala.
Tons graves no discurso: clima triste e melancólico, associado a intensidade reduzida e menor velocidade de fala.

Se escute e observe a reação das pessoas ao seu tom de voz. 
Será que sua voz está passando uma imagem positiva ao seus amigos, colegas e familiares?

A voz revela!

Caso você sinta que há algo errado com sua voz, procure um fonoaudiólogo ou um otorrinolaringologista que são os profissionais especializados nesta área.

sábado, 5 de maio de 2012

Fale em público sem estresse

Seja numa  apresentação, ou até mesmo numa simples reunião, há quem se desespere ao saber que por um minuto vai ter que falar para um grupo ou para muitas pessoas. 


Pensando em você que "gela" ao saber que precisará falar em público, o Voz em Bom Som selecionou algumas dicas para diminuir essa sensação. Aproveite!



  • Não seja dramático ou sério demais para não entediar o ouvinte;
  • Seja natural, direto e aberto;
  • Não interprete um papel. Você não é um artista, apenas seja você mesmo;
  • Prepare a voz. Não esqueça de aquecê-la e caso fale por mais de 2 horas é importante desaquecer também;
  • Ensaie. Não há nada melhor que treinar aquilo que você não tem hábito de fazer;
  • Conheça bem seu assunto, mas não tente ser perfeito. Quando se fala o que se sabe, fala-se de forma segura;
  • Não seja tão formal. No entanto, observe o local em que você irá se apresentar e utilize vestuário apropriado para a ocasião;
  • Movimente-se durante a apresentação e use gestos, mas cuidado com a repetição exagerada, isso pode desviar a atenção do ouvinte;
  • Faça perguntas ao ouvinte, isso o aproximará mais do público;
  • Fale com a plateia como se estivesse conversando com alguém que você conhece.
  • Seja amigável e atencioso;
  • Fale frases curtas e respire nas pausas.
Quer mais dicas? Procure um fonoaudiólogo.
Mas atenção, se você tem fobia, um medo exagerado, que limita sua vida e o impede de falar em público, procure um psicólogo para o ajudar nesse processo. E o mais importante: Não desista!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dia Mundial da Voz

Hoje é um dia muito especial para  o blog, pois comemoramos o Dia Mundial da Voz!
A voz  é o foco deste blog e nesta data ganha pautas em jornais, tv, rádios e internet  de todo o país com o objetivo de conscientizar a população da importância da voz para a promoção da saúde bem como realizar conscientização de sinais e sintomas que favoreçam o diagnóstico precoce de doenças, como o câncer de laringe, que podem comprometer a qualidade de vida e a própria sobrevida dos indivíduos.

O Voz em Bom Som fica muito feliz com dias como este em que várias ações de promoção e prevenção da Saúde da Voz são realizadas! Estas ações servem como alerta a população para que parem um pouco para pensar na sua saúde vocal,  muitas vezes negligenciada. A rouquidão por mais de 15 dias pode ser indício de câncer de laringe. Algumas informações como esta, pode fazer grande diferença no tratamento de lesões graves, já que quanto mais precoce o diagnóstico maior a possibilidade de cura.
Então, ouça sua voz, perceba se algo mudou nela e procure um profissional fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista para fazer uma avaliação. Caso seja um profissional da voz, lembre-se : cuidar da voz deve fazer parte de sua rotina de trabalho. 

Veja abaixo as dicas do Departamento de Voz da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia:

DICAS PARA VOCÊ SER AMIGO DA SUA VOZ!
  • Fale sem esforço e articule bem as palavras
  • Mantenha uma boa postura corporal ao falar ou cantar
  • Beba 2 litros de água diariamente
  • Durma bem
  • Tenha uma alimentação saudável rica em frutas e proteínas
  • Use vestuário confortável
  • Procure reduzir a quantidade de fala durante quadros gripais, crises alérgicas e período pré-menstrual
  • Evite falar por longos períodos, principalmente em ambientes ruidosos
  • Evite pigarrear, gritar e dar gargalhadas exageradas
  • Evite ingerir leite e derivados, bebidas gasosas, chocolate antes de utilizar a voz continuamente
  • Evite ingerir álcool em excesso, bem como outras drogas
  • Cuidado ao cantar inadequadamente ou abusivamente
  • Esteja atento aos primeiros sintomas de alteração vocal como cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão
  • No caso de problemas vocais, procure um fonoaudiólogo e  um médico otorrinolaringologista
Referência Bibliográfica: 
-Andrada e Silva MA. Saúde Vocal. In: Pinho SMR. Fundamentos em Fonoaudiologia: tratando os distúrbios da voz. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan; 1998. pp. 119-125.
-Behlau M, Pontes P. Higiene Vocal: cuidando da voz. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2001.
-Pinho SMR. Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz. 2ª ed. Carapicuiba/SP: Pró-fono, 1999.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Série Lesões mais comuns - Edema de Reinke

O edema de Reinke é uma lesão difusa na camada superficial da prega vocal, de coloração rosada, caracterizada por acúmulo de líquido, de modo irregular. Ou seja, é como se a prega vocal ficasse bem "gordinha" devido ao inchaço.


Ocorre em indivíduos adultos de ambos os sexos, entre 45 e 65 anos de idade, que apresentam uma frequente associação de uso intensivo da voz, abusos vocais variados e tabagismo. A ocorrência dessa alteração em fumantes é muito alta. As mulheres fumantes chegam a ser confundidas com homem pelo telefone por apresentar uma voz virilizada, por isso parecem buscar mais por tratamento em comparação com os homens.
O edema de Reinke ocorre por reação natural do tecido ao trauma fonatório associado ao consumo de tabaco por longo tempo. 
Os sintomas vocais típicos incluem voz grave para idade e sexo do paciente e rouquidão.
No tratamento deve-se levar em conta a extensão da lesão, a presença de alterações associadas, o impacto profissional e/ ou social da disfonia, e a conscientização de que é necessário a interrupção do tabagismo.
Nos casos discretos e moderados pode haver uma boa evolução através da fonoterapia, já em casos mais severos indica-se a combinação terapia-cirurgia-terapia.
Independente da conduta terapêutica, o abandono do tabagismo mostra-se de extrema relevância para a evolução do tratamento.


Fonte: Behlau, M; Madazio,G e Pontes,P. Disfonias Organofuncionais. 
Voz O Livro do Especialista - Volume I, 2001.

sábado, 24 de março de 2012

Série Lesões mais comuns - Sulco Vocal

O Sulco vocal é uma Alteração Estrutural Mínima(AEM) e se caracteriza como uma depressão na prega vocal que se dispõe paralelamente à borda livre. Ele pode ser assintomático, sintomático com pequena alteração vocal, ou sintomático com fadiga e disfonia severa, chegando a impedir o uso social da voz.
Pode se apresentar de diversas formas, de acordo com o grau de depressão no tecido da prega vocal: sulco oculto, sulco estria maior ou menor e sulco bolsa. 


Sulco oculto - é de difícil identificação, sendo sua presença constatada apenas por exames mais detalhados. O impacto vocal é mínimo na voz falada, podendo haver diminuição da extensão vocal ou queixa de pouca resistência vocal ao uso continuado da voz.

Sulco estria menor - apresenta-se como uma linha atrófica, escurecida, cinza-azulada, podendo ser uni ou bilateral. A qualidade vocal apresenta comprometimento diretamente relacionado ao grau de adesão do sulco nas camadas do tecido da prega vocal.

Sulco estria maior - observa-se uma valeta na mucosa da prega vocal. A voz típica deste sulco é desagradável, rouco-áspera, podendo ser bitonal, aguda ou hiperaguda, o esforço vocal é  nítido. Presença de fenda fusiforme.

Sulco bolsa - conhecido anteriormente como cisto aberto, pode parecer com o sulco estria maior ou com um cisto. Pode produzir lesões secundárias como pólipos, edemas, laringite crônica e até mesmo leucoplasia que é uma lesão pré cancerígena. A voz é rouca e grave.

A fonoterapia está indicada para melhorar a vibração da mucosa, tratar e reduzir as lesões secundárias, desenvolver normas de higiene vocal para evitar crises disfônicas, bem como melhorar a qualidade vocal, tornando a emissão mais estável.

A cirurgia deve ser reservada para os casos de insucesso da reabilitação fonoterápica, podendo ser conservadora ou parcialmente conservadora.

Fonte: Behlau, M. Azevedo, R. Pontes,P & Brasil, O.
 Disfonias Funcionais. In: Voz O Livro do Especialista.
 Vol 1. Revinter, 2001.

sábado, 17 de março de 2012

Série Lesões mais comuns - Cisto Vocal

O cisto vocal está no grupo das disfonias funcionais secundárias por inadaptações vocais, mais especificamente das inadaptações anatômicas ou Alteração Estrutural Mínima(AEM) diferenciada. Ou seja, é um tipo de variação anatômica que embora seja irrelevante para o desempenho das funções essenciais da laringe como respiração e deglutição, tornam-se fatores prejudiciais para o bom rendimento vocal, causando redução da resistência vocal e produzindo fadiga durante a produção de voz.
Também chamado de cisto epidermóide, cisto profundo ou cisto de inclusão epitelial, o cisto vocal corresponde a uma cavidade fechada, localizada profundamente no interior da prega vocal. O seu volume pode ser tão pequeno a ponto de ser chamado de microcisto, ou grande a ponto de comprometer grande parte da prega vocal. Esta cavidade pode estar mais solta ou bem aderida a prega vocal, o que neste último causa maior impacto na qualidade vocal.
O cisto pode ser assintomático, ou seja, não apresentar alterações na qualidade da voz, levemente sintomático, ou causar uma voz rouca e grave. Pode ser uni ou bilateral, sendo às vezes confundido com nódulos vocais.

A principal opção de tratamento é a reabilitação vocal, caso não haja melhora do quadro, segue-se para a opção cirúrgica seguida de fonoterapia.
Crises disfônicas podem ser disparadas pelo próprio uso da voz, pelo aumento da atividade profissional, por estresse, por refluxo gatroesofágico, por crises alérgicas, infecções de vias aéreas ou abuso vocal. A repetição dessas crises pode aumentar o volume do cisto e requerer tratamento medicamentoso e cirúrgico.

Vale salientar que o cisto vocal é recidivante, isto é, pode reaparecer após tratamento.



Fonte: Behlau, M. Azevedo, R. Pontes,P & Brasil, O.
 Disfonias Funcionais. In: Voz O Livro do Especialista.
 Vol 1. Revinter, 2001.

sábado, 3 de março de 2012

Série Lesões mais comuns - Pólipos vocais

Os pólipos das pregas vocais são lesões de massa geralmente unilaterais. Pólipos sésseis são aqueles de base alargada(Figura) e com grande aderência na prega vocal; já os pólipos pediculados são conectados à prega vocal por um estreito filamento de mucosa.

Pólipos são lesões mais freqüentes em adultos do sexo masculino, entre 35 e 45 anos de idade, sendo extremamente raro em crianças.

O pólipo é uma lesão que tem causa recente aguda, embora em alguns casos a história clínica aponte para uma disfonia a longo prazo disparada por um evento específico. A origem do pólipo é definida a partir de um pequeno traumatismo, que pode ser fonatório ou não, como na presença de refluxo gastresofágico.
Um evento único, de intenso fonotrauma, tal como um grito, pode ser causal de um pólipo; porém outros processos irritativos, como a aspiração de substâncias químicas agressivas (pipetagem em indústrias químicas) ou ainda atividades respiratórias intensas, como o esforço utilizado para tocar instrumentos de sopro, podem estar envolvidos na gênese desta lesão. O fumo e o álcool são fatores agravantes.


Os pacientes com pólipos apresentam uma rouquidão característica, com soprosidade variável. Podem referir também sensação de corpo estranho na garganta.

O tratamento dos pólipos das pregas vocais é quase sempre cirúrgico. A possibilidade de regressão espontânea ou com fonoterapia é muito reduzida.
Uma terapia vocal pré-cirúrgica, de curta duração, com orientações quanto à higiene vocal, pode auxiliar na regressão do edema do pólipo e das áreas subjacentes, reduzindo-se a área da intervenção cirúrgica. Após a remoção cirúrgica, se não for observada a normalização da voz em 15 dias, fica indicada a reabilitação vocal, geralmente de curta duração.

A resposta ao tratamento é boa e a voz  é rapidamente recuperada. O retorno do desenvolvimento de pólipos são raros e, quando ocorrem,  devem ser investigadas a possibilidade de existência de outras alterações.


Fonte: Behlau, M; Madazio,G e Pontes,P. Disfonias Organofuncionais. 
Voz O Livro do Especialista - Volume I, 2001.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Série Lesões mais comuns - Nódulos Vocais

O Voz em Bom Som inicia hoje uma série sobre as lesões mais comuns que provocam alterações na qualidade vocal.
Os nódulos vocais, também conhecidos popularmente como "calos" fazem parte da categoria das disfonias organofuncionais, ou seja, são lesões benignas decorrentes de alterações no comportamento vocal, seja ele alterado ou inadequado. Mais especificamente os nódulos são lesões de massa, bilaterais de características esbranquiçadas ou levemente avermelhadas. Isto significa que são duas saliências localizadas na porção média das bordas das pregas vocais que impedem que estas vibrem de maneira adequada. 
Nódulos Vocais
São causados por comportamento vocal inadequado, mau uso e abuso vocal  (Veja a Série Abusos Vocais do Blog) associados a outros fatores que predispõem o indivíduo a sua formação.
São mais comuns em mulheres jovens entre 25 e 35 anos e em crianças de ambos os sexos. Esta lesão é a mais comum encontrada nos professores, profissão considerada de risco para o seu desenvolvimento.
A rouquidão e a soprosidade são os principais sinais indicativos da presença de nódulos vocais. Logo, a realização de uma avaliação com médico otorrinolaringologista é imprescindível para o diagnóstico desta lesão através do exame da videolaringoscopia.
Os principais aspectos psicológicos da personalidade dos indivíduos que desenvolvem os nódulos vocais são agressividade, ansiedade, perfeccionismo, liderança, agitação e tendência a sobrecarga.

O que fazer quando se recebe um diagnóstico de Nódulos Vocais:

  • Não adianta apenas realizar repouso vocal, o ideal é reduzir a quantidade de fala utilizada e se abster de esforços vocais profissionais.
  • Desenvolver hábitos saudáveis no uso da voz.
  • Se dedicar aos exercícios propostos pelo fonoaudiólogo através da fonoterapia.
  • Remoções cirúrgicas são realizadas em nódulos considerados antigos, fibróticos ou em casos que exijam mudança vocal muito rápida não tendo tempo para se dedicar à reabilitação.
  • Realizar fonoterapia no pós-operatório para modificar os ajustes laríngeos inadequados e trabalhar as questões comportamentais.
O tratamento dos nódulos vocais tem uma resposta muito boa através da reabilitação, entretanto, depende da dedicação e motivação do paciente.
Pode ocorrer retorno do problema caso o comportamento vocal não tenha sido modificado, a fonoterapia tenha sido insuficiente ou o paciente trabalhe em locais barulhentos.

Portanto, fique atento aos sinais que sua voz transmite e procure um médico ou um fonoaudiólogo em caso de rouquidão persistente.


Fonte: Behlau, M; Madazio,G e Pontes,P. Disfonias Organofuncionais. 
Voz O Livro do Especialista - Volume I, 2001.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Trabalho com a voz no Carnaval e agora?

O Voz em Bom Som já apresentou para vocês vários posts relacionando festas a voz. Quem acompanha o blog já sabe que festa em geral não é tão amiga da saúde da voz. O que dizer do Carnaval, onde tudo é super exagerado?
Não é difícil encontrar pessoas totalmente sem voz na quarta-feira de Cinzas. São praticamente cinco dias ininterruptos de música altíssima, consumo exacerbado de álcool e drogas, alimentação de origem suspeita, e vários, vários abusos vocais. Canta-se muito, grita-se muito, fale-se muito, dança-se muito, etc. Sem falar da grande possibilidade de contrair uma infecção devido ao grande aglomerado de pessoas.
É inegável que é preciso cuidar da voz nesse feriadão, principalmente para aqueles que dependem da voz para seu sustento como  cantores e instrumentistas de sopro.

Veja as dicas do blog para cuidar da voz nesses dias:

  • Tome goles de água durante suas apresentações. Cerca de 2 litros e meio ao dia.
  • Aqueça e desaqueça a voz. Para isso você precisa ter procurado um fonoaudiólogo antes para o orientar sobre os exercícios específicos para sua demanda vocal.
  • Use roupas leves, sem apertar cintura e pescoço.
  • Alimente-se bem antes das apresentações, mas evite frituras, refrigerantes, chocolate e alimentos de difícil digestão.
  • Durma bem sempre que tiver um tempo livre entre uma apresentação e outra.
  • Mantenha repouso vocal após as apresentações.
  • Evite o consumo de álcool, fumo e drogas. Lembre-se você é um profissional da voz e depende dela para uma bela performance.
  • Cuidado com as bebidas geladas, segure os primeiros goles na boca antes de engolir para evitar o choque térmico e a produção de secreção que estimula o pigarro.
Seguindo estas dicas fica mais fácil preservar sua qualidade vocal e se prevenir de problemas com a sua voz neste período de grande demanda e esforço vocal.




domingo, 5 de fevereiro de 2012

Como cuidar da voz durante viagens longas

Conversar, trocar ideias, desabafar, pedir informações, conselhos, conhecer pessoas novas e fazer amizades...tudo isso pode acontecer durante uma viagem e este comportamento tem como base o uso da voz, lógico!
Mas uma vez a voz mostra-se uma poderosa ferramente nas relações sociais e humanas. O ser humano é um ser social e para isso ele depende do outro  no sentido de interagir. 
No entanto, mas uma vez é preciso contar com o bom senso, exageros como usar a voz intensamente e por longo tempo pode causar um problema vocal. 
Aliado ao abuso de falar muito está a má qualidade do ambiente em que se mantém a conversa. Isso mesmo, muitas vezes esquecemos onde estamos e como está o nível de barulho ou som ambiente em que se fala com outro. No ônibus, carro, avião, metrô ou trem o nível de pressão sonora é muito alto, o que faz com que aumentemos a nossa intensidade de voz para  falar com o outro, muitas vezes inconscientemente. 
Este comportamento em viagens de longa duração, sem nenhum repouso ou pausas pode causar um esforço demasiado para sua voz. Nesse ambiente não se pode controlar o ruído externo e interno, então como fazer para não abusar da voz?

Fique atento para as dicas do Voz em Bom Som:

  • Tome pequenos goles de água para se hidratar e diminuir os esforço ao falar.
  • Articule bem as palavras para ser bem entendido.
  • Fale sempre olhando para o ouvinte para facilitar o entendimento e as pistas visuais, mas cuidado para não forçar a musculatura do pescoço e passar longo tempo com a cervical girada para o mesmo lado.
  • Use pausas breves, entonações e ênfases na fala deixando-a mais atrativa para quem ouve.
  • Não passe a viagem toda apenas conversando. Durma, se alimente, aprecie a paisagem, escute música(por pouco tempo), etc.
  • Não esqueça de ouvir o outro, a conversa é uma via de mão dupla!
  • Mantenha uma postura adequada, pés firmes no chão e coluna ereta.
  • Não tenha vergonha em falar para o outro que já chegou ao seu limite e que precisa descansar ou poupar a voz.
  • Pare de falar quando o som ambiente estiver muito elevado, só retome a conversa quando o barulho acabar ou diminuir.
Aproveite bem sua viagem e mantenha sua voz firme e forte, sem abusos.