Total de visualizações de página

Mostrando postagens com marcador voz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador voz. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de novembro de 2011

Minha Voz, Minha Vida - O FILME


O SINPRO-SP lançou no início deste mês o filme Minha Voz, Minha Vida, curta-metragem produzido pelo Sindicato dos Professores de São Paulo, com apoio do Centro de Estudos da Voz (CEV), para chamar atenção dos docentes sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde vocal.
O filme mostra três personagens fictícios, que vivem situações semelhantes a de muitos professores no que diz respeito ao uso cotidiano da voz e comunicação na sala de aula e fora dela, explicitando as práticas consideradas nocivas e as desejáveis.
Para a elaboração do roteiro, Deivison Fiuza (também responsável pela direção do filme) teve como referência o estudo O Panorama epidemiológico sobre a voz do professor no Brasil, feito pelo SINPRO-SP em parceria com o CEV, que reproduz pesquisa desenvolvida na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, com o propósito de verificar a prevalência de problema de voz no público docente.
“Minha Voz, Minha Vida” integra as ações do Programa de Saúde Vocal do Sindicato,que há mais de uma década oferece orientações, avaliações e terapia fonoaudiógica aos sócios da entidade.


COMENTÁRIO DO BLOG SOBRE O FILME

Queridos leitores, gostaria de expor a opinião do blog sobre este curta.  Não tem como não falar, o filme foi muito bem conduzido e é uma ótima ferramenta para ações de prevenção para  professores. Ele aborda a vivência de três professores: a professora com distúrbio vocal já instalado e em consulta médica, o professor que se previne e cuida da voz  e o outro que não percebe os abusos que comete contra ela.

Facilmente qualquer professor pode se identificar com um dos três personagens, pois o filme é contextualizado e atualizado.

A primeira personagem, demorou 10 anos para procurar ajuda, achando que todo sofrimento que passara era "normal" da profissão que escolhera. Em sua primeira consulta após perder a voz em sala de aula por excesso de trabalho ela recebeu orientação e encaminhamento para os profissionais indicados para o tratamento - o médico otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo. O receio de se afastar da sala de aula ou trabalhar em outra função ficam estampados em seu rosto através da angústia sobre futuro na carreira docente.

O segundo, faz o papel do professor consciente, que faz preparação vocal (aquecimento e desaquecimento vocal), escreve na lousa e só depois começa a explicar o assunto; utiliza estratégias para chamar a atenção dos alunos sem gritar e melhorar sua explanação com pausas, ênfases e entonações no seu discurso, prendendo a atenção dos alunos para o assunto. Aproveita momentos durante o banho e na escola antes de entrar em sala para realizar  exercícios vocais e toma cuidados como tomar goles de água durante a explicação, assim como diminuir a velocidade do ventilador e fechar a porta para reduzir os ruídos extraclasse que iriam competir com sua voz.

Já o terceiro, é o professor sem noção nenhuma de cuidado com a voz, grita o tempo todo(sem perceber) tanto em sala de aula, quanto em casa, o que provocou até problemas na dinâmica familiar. Além disso, comete vários abusos como fumar, utilizar pastilhas, pigarrear e usar própolis para aliviar seu esforço vocal. Em sala, ele escreve e fala ao mesmo tempo olhando apenas para o quadro. Sem olhar para os alunos ele usa o mesmo tom de voz os entediando com sua aula. Por fim, ele percebe com ajuda de sua esposa que realmente está cometendo erros contra sua saúde e decide procurar ajuda no Sindicato dos Professores onde existe um Programa de Saúde Vocal para estes profissionais. Programa este que a maioria não procura deixando este momento quando o quadro está muito adiantado(pode ser percebido pelo número pequeno de professores na cena da palestra de orientação com a fonoaudióloga).

A frase mais marcante deste roteiro foi citada pela professora em consulta que relatou ao seu médico: "Minha voz é muito mais que minha ferramenta de trabalho, minha voz é a minha vida". 

Essa é a consciência que todo profissional da voz precisa ter: querer se cuidar antes do problema chegar simplesmente por se amar, e amar o que faz.

O SINPRO-SP e o CEV estão de parabéns pela realização desta obra. 

E você, o que achou do filme? 

Deixe seu comentário.